Carreira no Comércio Exterior
20/03/2017

Sobram vagas. Falta qualificação. Candidatos brasileiros falam pouco inglês e não se preparam para as habilidades requeridas pelo mercado internacional.

Enquanto um terço dos desempregados do mundo atualmente residem no Brasil, cada dia que passa aumenta o número de vagas de trabalho na área de comércio exterior, assim como fica cada dia mais clara a falta de aptidão dos brasileiros para ocupar as diferentes funções proporcionadas pela profissão.

De acordo com o professor de comércio exterior, coordenador de cursos na ABRACOMEX e mestre em administração, Caio Peppe, a pequena participação do Brasil no fluxo de comércio internacional apesar do ambiente propício acontece principalmente em função de dois fatores: o brasileiro não é bilíngue – habilidade mínima exigida para a execução das funções de comex – e as escolas de comércio exterior têm modelos baseados em operações internacionais, muito mais voltados para logística do que para inteligência de mercado ou negociação interacional. “Ou seja, temos um número muito pequeno de brasileiros atuando na geração de negócios internacionais”, conclui o mestre.

Apesar da limitação dos candidatos, empresas brasileiras aumentam sua participação diariamente no processo de internacionalização do comércio, seja importando ou exportando. O Brasil completou 5 anos de sucessivos superávits na balança comercial até a crise de 2008 e mesmo após alguns anos de redução do crescimento, em 2016 os números foram os mais favoráveis desde a década de 80, somando um superávit da ordem de 48 bilhões – mais do que o dobro do alcançado em 2015.

“Uma vez que você tem um processo de desaquecimento do mercado interno e uma estrutura de câmbio bastante desfavorável, com o real desvalorizado frente ao dólar, a estrutura de expansão internacional por meio da exportação se torna vital. As empresas têm menos mercado e produto no exterior, os produtos brasileiros passam a ser mais baratos, e, consequentemente, com a combinação destes dois fatores, eu diria que o volume de exportações do Brasil cresceu e refletiu diretamente no saldo da balança comercial”, explica o professor.

De acordo com a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a tendência é continuar aumentando. As perspectivas para as exportações realizadas pelo país em 2017 são otimistas: o crescimento previsto é de 7,2% em relação a 2016, chegando a US$ 197,4 bilhões. Para as importações, a previsão é de crescimento de 5,2%, resultando em US$ 145,7 bilhões.

Apesar do volume considerável das contas externas e das grandes expectativas, o Brasil ainda está atrás de várias outras economias menores, inclusive nos Brics.

Formação

A resposta para este questionamento é a formação acadêmica, seja em cursos de graduação, pós-graduação ou aqueles com visão aplicada, voltados para solução de temas específicos. Cursos de línguas também são indicados já que falar o inglês é pré-requisito mas falar uma terceira língua, certamente, já é um diferencial.

A faculdade é o caminho mais objetivo onde o candidato pode encontrar técnica e teoria e ao mesmo tempo entender a dinâmica global do processo sem necessariamente ter que trabalhar em cada etapa para compreender o todo.

Na ABRACOMEX, além dos cursos da área operacional como Despachante Aduaneiro (LINKAR DESCRIçÃO) e Gestão de Operações Portuárias (LINKAR DESCRIÇÃO); os cursos de Internacional Trader Management, Internacional Marketing Management e Internacional Business Management (LINKAR DESCRIÇÃO DE TODOS OS CURSOS) têm exatamente o objetivo de preencher estas lacunas na formação profissional do brasileiro em comércio exterior.

Pós-Graduação

Os cursos de MBA da ABRACOMEX objetivam formação específica exatamente para qualificar o profissional de comércio exterior num escopo mais amplo. Os cursos Gestão de Marketing com Foto Internacional; Gestão de Logística com Foco Internacional e Gestão de Negócios Internacionais desenvolvem habilidades direcionadas às rotinas de mercado da “Aldeia Global”, além de oferecer exclusiva Dupla Certificação Brasil/EUA pela Massachusetts Institute of Business (MIB), certificado reconhecido internacionalmente.

Comércio exterior ou Relações Internacionais

O profissional de comércio exterior atua como consultor, despachante aduaneiro ou em empresas de importação ou exportação e bancos.

Seu papel é cuidar e gerenciar processos de importação e exportação, e principalmente administrar a logística e a parte tributário/fiscal. Toda a avaliação burocrática destes últimos documento requer atenção, prática e conhecimento.

Já quem se forma em relações internacionais precisa ter uma visão mais global sobre políticas de governo e relações comerciais com outras nações. Precisa trabalhar em negociações de acordos bilaterais entre países e deve ter conhecimentos nas áreas de Ciência Política, Economia, Direito e História, entre outros assuntos.

As profissões são convergentes e complementares, mas tratam de matérias distintas. Não hora de escolher você deve pensar se quer trabalhar com importações e exportações – e optar por comércio exterior (LINKAR CURSOS) – ou se concentrar em negociações entre países e visão política do negócio internacional, se matriculando para relações internacionais.

Empregabilidade

O aprimoramento constante é fundamental e torna o profissional competitivo. Se qualificação é essencial para ocupar um cargo em comércio exterior – uma área da economia em ascensão – a exigência técnica cresce também sobre os cargos de alta gerência e as posições mais disputadas.

Atualmente, a média salarial do recém-formado em comércio exterior, de acordo com dados do Site Nacional de Empregos (SINE) é R$ 3.539,08. Nada mau para quem acabou de começar!

Fonte: Jornalista Abracomex Rafaela Toledo

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