Depois de crescer 35,4% em 2016, as vendas estaduais ao exterior tiveram uma alta de 171,8% só no 1º bimestre.
“Pernambuco recebeu muitos investimentos entre 2004 e 2005, o que permitiu o surgimento de novos segmentos produtivos. E, agora, esses investimentos estão dando frutos em termos de produção e exportação”, explicou o gerente executivo do Etene, Airton Saboya Júnior.
Ele ainda esclareceu que esse resultado aparece com mais força só agora porque os novos empreendimentos demandam tempo para se consolidar e atingir a plena capacidade produtiva. “Os projetos são muito grandes, por isso ainda estão maturando. Eles ainda estão, gradualmente, conquistando novos mercados. Por isso, devemos registrar mais crescimentos fortes nos próximos dois anos”, completou o gerente de desenvolvimento empresarial da Fiepe, Maurício Laranjeira.
Mas não foi só isso que fez as empresas pernambucanas ampliarem sua presença no mercado exterior. É que, com a crise, faltaram consumidores para produtos como os carros no Brasil. Por isso, vender para fora tornou-se mais vantajoso, sobretudo com o câmbio favorável.
A crise, por outro lado, pode ter limitado a produção pernambucana, segundo Júnior. “A retração também retardou alguns investimentos. Então, acreditamos que, com a retomada do crescimento econômico, esses projetos voltem a ser acelerados, gerando mais empregos, impostos, produtos e exportações”, explicou o gerente da Etene, citando o caso da Refinaria Abreu e Lima, que não está concluída e, por isso, não atingiu sua capacidade plena. Ele ainda lembrou que, apesar de ter registrado o maior aumento do volume de exportações neste ano, Pernambuco continua atrás da Bahia em relação ao total exportado.