A economia brasileira em 2015
12/01/2015

 

O economista Paulo Passarinho, recentemente, escreveu artigo onde perguntava o que os brasileiros podem esperar da economia em 2015. Ele mesmo deu algumas dicas para a resposta. Primeiramente, sob o ponto de vista do segundo governo Dilma, os objetivos são claros, segundo ele, começando com os nomes dos novos integrantes de sua equipe econômica, tendo à frente o economista Joaquim Levy. “Parece que a receita ortodoxa da “freada de arrumação” foi o caminho escolhido”, avalia.

Depois de perseguir a retomada do crescimento econômico durante os quatro anos do seu primeiro mandato, Dilma, analisa o economista, vê-se, talvez, surpreendida com os péssimos resultados colhidos: dependendo do dado preciso do PIB para esse ano de 2014 – que será péssimo, abaixo de 0,5% – a média de crescimento anual do país neste período estará situada em uma faixa entre 1,5% e 2%, uma das mais baixas médias de toda a nossa história.

Outros resultados, prossegue Passarinho, evidenciam problemas mais graves. “Nossas contas externas, estruturalmente deficitárias no tocante a serviços e rendas, passam novamente a apresentar déficit na balança de comércio, agravando a nossa necessidade de atrair recursos pela conta de capital, através de empréstimos em moeda estrangeira ou viabilizando a entrada de capitais externos para aquisição de ativos, fixos ou financeiros, ampliando com isso o nosso passivo externo.”

Pesa ainda contra o cenário nacional a conjuntura externa muito desfavorável para todos os países que apostaram todas as suas fichas, nesses últimos anos de bonança do comércio internacional, na exportação de commodities agrícolas e minerais. Os preços desses produtos no mercado internacional vêm desabando, como consequência ainda da crise financeira de 2007/2008 e da desaceleração das economias asiáticas, tendo à frente a China.

“É a partir desse quadro que o receituário ortodoxo deverá ser avaliado”, explica. O novo ministro da Fazenda promete inicialmente prioridade no chamado ajuste fiscal, cujo objetivo seria promover uma reformulação fiscal da ordem de 50 bilhões de reais, entre medidas de aumento de receitas e cortes de despesas. Pelo lado da receita, fala-se na volta da cobrança da Cide (contribuição embutida no preço dos combustíveis), da CPMF, no aumento da alíquota de PIS/COFINS sobre importados e a elevação da tributação de importação de bens supérfluos. Pelo lado das despesas, o foco será o rígido controle da expansão dos gastos correntes do governo federal, tendo na mira, mais uma vez, as despesas previdenciárias, os gastos de pessoal e programas sociais.

E ensina que não é gratuita, por exemplo, a onda de uma série de estudos e projeções alarmantes sobre o suposto déficit da previdência, que voltam a ser apresentadas na mídia dominante, procurando justificar a necessidade de uma nova rodada de mudanças nas atuais regras de aposentadorias do INSS.

Fonte: Porto Gente

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