Brasil ajusta balança comercial e prevê superávit de US$ 47,466 bilhões em 2020
24/07/2020

A AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) fez uma revisão nas previsões da balança comercial nacional de 2020. Segundo os novos dados, ajustados em julho, o país deve fechar o ano com um superávit de US$ 47,466 bilhões, o que representa alta de 1,7% em relação ao número registrado em 2019.

A principal explicação para a ascensão do superávit é a acomodação dos resultados do país à realidade da pandemia do novo coronavírus. A estimativa da AEB é que as exportações caiam 13,9% e que as importações recuem 18,1%.

A nova previsão da AEB é que o Brasil feche 2020 com US$ 192,721 bilhões em exportações (haviam sido US$ 223,989 bilhões em 2019) e US$ 145,255 bilhões em importações (US$ 177,344 bilhões em 2019).

Previsão anterior da AEB já era de superávit na balança comercial

Antes do ajuste feito em julho, a última estimativa feita pela AEB havia sido divulgada em dezembro de 2019. Naquela época, a entidade apontava um resultado positivo de US$ 26,130 bilhões (US$ 217,341 bilhões de exportações e US$ 191,211 bilhões de importações).

“A situação era completamente diferente em dezembro porque ainda não havia a pandemia. As exportações cresceriam porque o PIB [Produto Interno Bruto] também aumentaria, mas isso não vai mais acontecer”, disse José Augusto de Castro, presidente da AEB, em entrevista à Agência Brasil.

Números de julho ajudam a explicar resultado da balança comercial

Recortes feito pela Secex (Secretaria do Comércio Exterior), vinculada ao Ministério da Economia, ajudam a entender melhor os números apresentados pela AEB. A entidade emite relatórios semanais sobre exportação e importação, com divisão de desempenho por setor.

Na terceira semana de julho, por exemplo, o Brasil registrou US$ 112,83 bilhões de exportações e US$ 85,868 bilhões de importações. O saldo positivo é de US$ 26,966 bilhões, e esse resultado foi puxado pelos números do agronegócio (alta de 19,2% em comparação com a terceira semana de julho de 2019).

As oscilações mais significativas foram registradas em segmentos como carvão não aglomerado (queda de 92,5%), minérios de alumínio e seus concentrados (queda de 54%), veículos automóveis e de passageiros (queda de 43,8%) e obras de ferro e materiais comuns (queda de 67,4%).

Ainda que a retração tenha sido tendência nas exportações e que os resultados sejam muito expressivos em alguns setores, as importações também caíram. Os números da terceira semana de julho foram 35,5% inferiores a igual período do ano passado.

Direção,
Marcus Vinicius Tatagiba.

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