China reduz tarifas de importação de mais de 700 produtos
08/01/2019

Objetivo é abrir mais a economia local e baixar custos no país; principal foco é obter mais facilmente alternativas para a soja

Em 2019 a China planeja retirar tarifas de importação sobre mais de 700 produtos, como parte de um esforço para abrir mais a economia e baixar os custos para empresas e consumidores  do país. Também haverá cortes de algumas taxas de exportação, disse o Ministério das Finanças num comunicado. Este é o terceiro corte de tarifas anunciado no ano.

Um ponto importante da medida é o corte de taxas de importação sobre alimentos alternativos à soja para ração animal – que incluem farelos de sementes de canola, algodão, girassol e palmeira –, numa tentativa de garantir o suprimento de matérias-primas em meio às tensões comerciais com os Estados Unidos e incentivar as exportações. A China adquire soja para transformá-la em alimento para ração animal e em óleo de cozinha. O país possui, por exemplo, o maior rebanho de porcos do mundo.

A guerra comercial da China com os EUA tem agitado o mercado global de soja depois que os chineses praticamente interromperam a importação de soja dos EUA em seguida à imposição de uma tarifa adicional de 25%, em julho.

Embora a China tenha retomado algumas encomendas de soja dos EUA, as tarifas sobre o grão continuam vigentes, e a retirada das taxas sobre alimentos alternativos pode ajudar a garantir o suprimento de ração animal para a China, dizem analistas.

— Isso é basicamente se preparar para dias mais difíceis, na medida em que as compras de soja dos EUA ainda não começaram e até agora somente as firmas estatais têm comprado  — explica Monica Tu, analista da Shangai JC Intelligence. — Embora o volume das importações de alimentos alternativos ainda não seja significativo, eles podem substituir a soja. (A retirada das tarifas) consiste basicamente em oferecer alternativas ao consumidor final.

Os Estados Unidos são o segundo maior fornecedor de soja para a China, e o item representou US$ 12 bilhões na transação comercial entre os dois países em 2017.

Outros itens cujas tarifas serão cortadas são materiais para a indústria farmacêutica, produtos de alta tecnologia (como robôs de soldagem usados na indústria automobilística, máquinas usadas em diagnósticos médicos, alto-falantes e impressoras), fertilizantes, minério de ferro, alcatrão de carvão e polpa de madeira.

FONTE: ECONOMIA/OGLOBO

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