China volta com bons negócios após o coronavírus
03/04/2020

A crise causada pelo coronavírus está impactando a economia mundialmente. A China foi o primeiro país atingido pela pandemia, sofrendo consequências agravantes em sua economia. No entanto, também é o primeiro país que inicia o processo de recuperação. Já demonstrando uma melhora em sua economia. De acordo com uma avaliação realizada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), a China já apresenta sinais de normalização.

O surto estando em controle, possibilita a retomada das atividades de grandes empresas. O governo chinês aponta para uma melhora quanto a confiança empresarial. A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma informou que 90% das empresas já retomaram as operações em quase todo o país. Com exceção de algumas províncias e Hubei.

A retomada das atividades movimenta novamente os negócios no país. O pós-coronavírus está garantindo boas estratégias e novos acordos para a China. Mostrando uma pequena, mas importante normalização de sua economia. Atentos ao que o país representa para o Brasil, acompanhe essa leitura.

Normalização das atividades e economia após coronavírus

A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma também apontou para o aumento da demanda de energia elétrica. Impulsionada pelos setores industriais, afirmando que as atividades foram retomadas nos segmentos de metais não ferrosos.

A previsão dos economistas quanto ao impacto negativo ao Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre. Mesmo com a forte desaceleração, o país já apresenta sinais de recuperação. 

Representantes do NDRC (sigla em inglês da comissão nacional), diz que o foco é construir uma sociedade próspera moderadamente. A meta colocada para o efeito pós-coronavírus é eliminar a pobreza e dobrar o PIB.

Coronavírus: medidas adotadas

Li Yang, o cônsul-geral da China, disse que o país tem tomado medidas para a recuperação da economia de forma rápida. Estendendo essas medidas até as empresas localizadas no Brasil, auxiliando na recuperação econômica brasileira.

Um dos maiores impactos da economia pode ser observada no comércio exterior. Com a paralisação dos serviços, ocorreu queda de produtos comprados pelo país infectado. Além disso, compradores no mundo todo deixaram de receber seus produtos vindos da China. No entanto, a previsão da retomada normal do fornecimento pela China é até maio.

Economistas realizam previsões quanto ao crescimento do PIB chinês. Apontando para um índice entre 5% e 5,8%. Os profissionais consideram um bom resultado, pois sem o coronavírus a previsão estava próximo a 6%. 

Entende-se que o governo chinês possui políticas consolidadas e recursos econômicos capazes de promover a recuperação da dinâmica econômica. A China conseguindo diminuir o impacto negativo, trará bons resultados para a economia mundial.

Dentre as principais medidas estabelecidas pelo governo Chinês foram:

  • Aumento de 500 bilhões de yuans (equivalente a R$ 312,65 bilhões) para cotas de refinanciamento de empréstimos para fazendeiros e pequenas empresas;
  • Corte de juros de financiamento em 0,25%;
  • Foi disponibilizado 350 bilhões de yuans de bancos públicos para empréstimos com menores taxas de juros;
  • Redução de imposto para empresários de 3% para 1%;
  • Medida especial para Hubei (epicentro do surto) com isenção de impostos sobre o valor agregado para empresários individuais, por um período de 3 meses.

Coronavírus: bons negócios

A China estar se recuperando do coronavírus antes do mundo traz boas vantagens econômicas. O país é um dos maiores importadores de petróleo, como de demais commodities. No contexto atual, conseguirão adquirir os produtos a preço de saldo. 

Outro ponto interessante refere-se a bolsa de valores. Vemos diariamente uma liquidação e o derretimento da bolsa de valores. É a oportunidade ideal para a China aumentar os investimentos em empresas ocidentais. 

De acordo com declaração do Comitê Nacional da Conferência Consultiva Política do Povo chinês (CCPIT), a pandemia promoveu novas perspectivas. Promovendo a possibilidade de bons negócios e investimentos em setores de inteligência virtual e ciência médico.

Uma das boas notícias de retomada de atividade no mercado é com o Brasil. Na última sexta-feira (27), a China voltou a comprar a carne bovina de nossa país. Retornando em níveis elevados a importação de proteína. Iniciativa muito importante, visto a desaceleração das negociações no primeiro bimestre.

Bons negócios com o Brasil

Os pedidos voltaram a ser realizados e, em muitos casos, maiores do que rotineiramente. Os preços negociados não são iguais aos praticados no final de 2019. No entanto, são bons valores para o câmbio atual. 

A China voltando com grande força para o mercado brasileiro é uma das boas notícias que precisamos. Justamente por estarmos em período com instabilidade e uma economia fragilizada pelo coronavírus.

O vírus chegando ao Brasil provoca o sinal de alerta quanto a economia. Como demonstra em todo o mundo, o distanciamento social é parte importante para o controle da pandemia. Desta forma, diversas empresas irão sentir a queda econômica, fragilizando todo o país.

A participação da China dentro do mercado é um ponto favorável para a situação. Apesar de não tão forte como antes do coronavírus, o mercado chinês continua sendo um dos principais compradores. Principalmente agora com a compra de proteína. Uma vez aumento a procura da carne bovina, pois a suína foi reduzida pela peste suína africana.

Comércio Exterior chinês

Tanto as importações como as exportações tiveram um forte impacto nesse primeiro trimestre de 2020. A queda foi motivada pelas tratativas e medidas para contenção da epidemia de coronavírus. Com o fechamento de diversas fábricas, a produção sofreu uma forte redução. 

O retorno gradual das empresas e das produções começaram no fim de fevereiro. Com o retorno de exportadores de diversas províncias. Com a volta das atividades, o comércio exterior começa a apresentar ligeiros sinais de recuperação. 

O Centro Chinês para Intercâmbios Econômicos Internacionais (CCIEE) diz esperar resultados satisfatórios quanto ao setor de comércio exterior. Apesar da crise enfrentada no início do ano, o foco é recuperar a perda.

O presidente do CCIEE, Wei Jianguo, aponta para uma recuperação das exportações para o segundo trimestre. Já as importações preveem um crescimento anual podendo chegar a dois dígitos ainda em 2020.

Os principais contribuintes para o retorno do comércio exterior são as empresas privadas, de acordo com Wei. Isso se dá, pois proporcionam maiores mudanças ao mercado. Uma vez que já enfrentaram o Sars em 2003. Ainda coloca que as importações terão um grande aumento de forma rápida com o fim do coronavírus. Isso porque a pandemia não diminuiu ou afetou a demanda.

O surto já se espalhou pelo mundo todo, desestabilizando as economias e afetando a cadeia de suprimentos. Desta forma, a China tem trabalhado com a Coréia do Sul e Japão como uma união em cooperação e fortalecimento industrial. Uma forma de promover uma diminuição quanto às incertezas. Grandes parceiros para tentar minimizar os impactos da pandemia.

Recuperação da China é favorável ao comércio exterior

A recuperação econômica da China e a volta aos negócios é muito importante para a economia brasileira. Uma vez que o país é um dos principais parceiros comerciais do Brasil. Em 2019, quase 20% de nossos produtos importados tiveram como origem a China. Assim como sendo o nosso principal destino para exportação. Ficando em primeiro lugar no ranking.

No ano passado, a balança comercial Brasil/China teve um superávit de US$ 27.601,25 milhões. Isso significa que exportamos mais para a China comparado às importações. A expectativa é que neste ano a balança continue positiva. Apesar da crise provocada pelo surto.

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Direção,

Marcus Vinicius Franquine Tatagiba.

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