Comércio com países árabes bate recorde
19/01/2018

As exportações a essas nações, em 2017, tiveram uma alta de 23% ante 2016, para US$ 13,590 bilhões, recuperação após uma baixa frequente desde 2011

O saldo comercial (diferença entre exportações e importações) entre o Brasil e os países árabes fechou o ano passado com o maior resultado desde o início da série histórica, iniciada em 1989, ao alcançar US$ 7,124 bilhões.

Esse desempenho foi puxado pelas vendas de produtos agrícolas, que, segundo o presidente da Câmara Árabe-Brasileira, Rubens Hannun, representam 70% das exportações aos árabes.

As vendas a essas nações, em 2017, tiveram uma alta de 23% ante 2016, para US$ 13,590 bilhões, uma recuperação após baixas constantes registradas desde 2011.

Desta forma, o superávit com os países árabes cresceu 14,27%, para US$ 6,234 bilhões. Os dados foram compilados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

“Os árabes foram responsáveis por mais de 10% do superávit recorde de US$ 67 bilhões das exportações totais do Brasil em 2017”, aponta o presidente da câmara.

Hannun entende que há um potencial de crescimento das exportações, da ordem de dois dígitos neste ano, devido à recuperação prevista tanto da economia brasileira, quanto dos países árabes, com destaque para o Egito.

Este cenário favorece a demanda principalmente por commodities nessas nações. A população, em sua maioria (60%) com até 30 anos, também colabora para as perspectivas positivas do comércio neste e nos próximos anos. Contudo, ele comenta que o saldo de 2018 não deve bater um novo recorde como ocorreu em 2017.

“De qualquer forma, o Brasil atende só 10% das compras dos árabes de alimentos. No caso das carnes, esse percentual é de 20%. Há oportunidades ainda com alimentos de valor agregado, do tipo gourmet e orgânico”, conclui.

Do lado oposto, o comércio também é favorável. Os árabes venderam 23,2% mais ao Brasil, total de US$ 6,5 bilhões, principalmente, em combustíveis e fertilizantes. Segundo a entidade, as vendas deles ao País tendem a crescer em 2018, principalmente de fertilizantes, pela expectativa de aumento na área plantada, e de combustíveis e plásticos, com a previsão de melhora no mercado interno.

Destaque

Especificamente no grupo de Alimentos, as vendas brasileiras somaram US$ 9,9 bilhões em 2017, alta de 17,9%, puxadas pelo açúcar (US$ 4,6 bilhões, +27,3%) e pelas carnes (US$ 3,6 bilhões, +4,8%), segundo análise da Câmara.

As vendas de carne de frango atingiram US$ 2,6 bilhões (aumento de 5,3%), resultado puxado pela demanda da Arábia Saudita, que comprou um pouco menos que em 2016 (US$ 1,02 bilhões, queda de 12%), mas ainda é o maior mercado para a ave nacional.

Em compensação, Egito aumentou as compras (US$ 224 mi, +59,9%) e o Iraque também (US$ 190 mi, +82,9%),

Os embarques de carne bovina renderam US$ 983 mi (+4,4%), com destaque para Arábia Saudita (US$ 165 milhões, alta de 49,9%).

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