Comércio exterior do Brasil já movimentou US$ 253 bilhões em 2020
16/09/2020

A pandemia do novo coronavírus afetou a lógica de movimentação de comércio exterior no Brasil e modificou a relação com outros mercados, mas isso não diminuiu o número de oportunidades na área. De acordo com dados da Secex/ME (Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia), o país registrou US$ 253,236 bilhões em chegadas e saídas de produtos até a segunda semana de setembro de 2020.

O número é reflexo de um total de US$ 146,445 bilhões em exportações e US$ 106,791 bilhões em importações. O Brasil já acumulou superávit de US$ 39,654 bilhões na balança comercial em 2020.

Na prática, os números significam que a pandemia afetou menos as exportações, que tiveram reação mais rápida. Aspectos como a capacidade produtiva e a desvalorização da moeda local impactaram positivamente os negócios do país em diversos segmentos.

Pré-pandemia mostra inversão de lógica no comércio exterior

O superávit acumulado pelo Brasil em 2020 tem relação direta com a pandemia do novo coronavírus. Antes de o surto ganhar os noticiários, afinal, a balança comercial do país tinha outra composição, com déficit de US$ 1,674 bilhão em janeiro e resultado positivo de apenas US$ 2,330 bilhões em fevereiro (menos do que o acumulado das duas primeiras semanas de setembro).

Na comparação com 2019, as exportações do Brasil tiveram queda de 6,3% no acumulado de janeiro até a segunda semana de setembro. As importações, em contrapartida, despencaram 13,6%, derrubando o total de negócios para 9,5% abaixo do registrado no ano passado.

Exportações concentram oportunidades no comércio exterior

Além de ter sofrido queda menos abrupta no volume de negócios, o mercado exportador do Brasil tem apresentado uma retomada mais rápida do que a importação. Nas primeiras semanas de setembro, por exemplo, o volume de vendas internacionais do país subiu 5,1% na comparação entre 2019 e 2020. No mesmo período, porém, as importações caíram 24,4%.

O resultado das exportações brasileiras em setembro, aliás, já é o segundo melhor do país no ano – atrás somente de fevereiro, antes da explosão da pandemia. As importações, contudo, estancaram recuperação registrada em agosto e praticamente repetiram o volume do mês anterior.

Os segmentos que puxam a alta das exportações brasileiras são agropecuária e indústria extrativa (minério de ferro e de cobre, principalmente). O primeiro fechou as primeiras semanas de setembro com alta de 8,3% em comparação com igual período do ano passado, enquanto o outro teve oscilação positiva de 42,8%.

Grandes números, grandes oportunidades?

A despeito de o comércio exterior brasileiro não ser exatamente novo como carreira, as oportunidades para quem deseja trabalhar na área tiveram um boom a partir dos anos 1990. Um dos marcos para isso foi a criação do Mercosul, bloco econômico que aglutina países da América do Sul.

Também contribuiu para uma evolução da área o advento de novas tecnologias, que facilitaram a troca de informações e produtos entre países distantes.

A oscilação da balança comercial do Brasil, portanto, interfere pouco na cadeia de empregos como um todo. Oportunidades podem mudar de empresas que importam para as que vendem fora do país, mas o campo profissional segue.

Direção,
Marcus Vinicius Tatagiba.

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