Cresce o número de investidores brasileiros em busca do visto de residência nos EUA
06/06/2018

O governo dos Estados Unidos pode dobrar o valor do investimento para empresários que queiram residir no país, por meio do programa de vistos para investidores. Consultores e advogados avaliam que houve um aumento na quantidade de pedidos de visto para residência nos EUA, apresentados por brasileiros com perfil empresarial, junto ao Departamento de Imigração norte-americano.

A mudança sobre o valor de investimento faz parte de um projeto de lei que será analisado pelo Congresso em setembro, para rever o Programa EB-5 (nome técnico do visto de investidores).

O visto concede autorização de residência permanente para investidores (Green Card). Se a alteração for aprovada, o investimento poderá passar de US$ 500 mil para algo entre US$ 925 mil e US$ 1,3 milhão.

O projeto para dobrar o valor do investimento para o visto de residência permanente de investidores nos Estados Unidos vem ocasionando aumento de aplicações por brasileiros. A previsão deste salto no valor a ser investido é o principal motivo para o aumento da procura, segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil.

Mas, além do preço mais alto, podem ser votadas ainda mudanças significativas no formato atual dos projetos de investimentos que possibilitam a residência permanente nos Estados Unidos.

Os centros regionais EB-5 são organizações público-privadas, credenciadas junto ao Serviço de Cidadania e Imigração Estados Unidos para supervisionar projetos ligados ao visto de investimento EB-5.

Como funciona

O programa de vistos EB-5 dá acesso ao Green Card por meio de investimento. O investidor pode administrar um projeto ou escolher investir por meio de um centro regional autorizado. São qualificados para o programa empreendimentos nas áreas varejo, manufatura, alimentação, tecnologia, agricultura, lojas construtoras e hotéis.

O advogado brasileiro André Linhares, que atua na área de imigração nos Estados Unidos, observa um aumento na procura pelo visto. Segundo ele, muita gente que planejava dar entrada resolveu se antecipar por causa da expectativa de mudança de valores.

“Alguns investidores que já tinham o valor em vigor de US$ 500 mil, têm se apressado para aplicar. O custo aumenta muito, com o dólar em alta, se este valor sobre para US$ 1 milhão”, disse.

O advogado também explica que os centros regionais são opções muito procuradas por brasileiros. “De maneira bem simplificada, o centro regional funciona como uma espécie de banco, que aglutina os recursos para empreendimentos, de forma que depois o valor investido é retornado ao investidor”, explica.

Linhares conta ainda que o setor hoteleiro tem utilizado bastante financiamento por meio de centros regionais de investidores candidatos ao Green Card: “muitos deles financiam a construção de hotéis e resorts. Várias redes internacionais conhecidas têm buscado investimentos de aplicantes de EB-5, via centros regionais”, destaca.

Planejamento

A brasileira Paola Tucanduva, o marido dela e os dois filhos do casal deram entrada no EB-5 em dezembro de 2015. No Brasil, o casal era proprietário de lavanderias industriais em São Paulo e na Bahia. Ela conta que, juntos, decidiram se candidatar para a residência permanente nos Estados Unidos como investidores. Na época, o  filho mais velho já estava no país com visto de estudante e cursava o ensino médio.

“Começamos a pensar que seria uma possibilidade para nossos filhos fazer faculdade nos Estados Unidos”, disse. Ela conta que a escolha foi investir em um Green Card através de um centro regional, como investidores, após vender empresas no Brasil.

Em dezembro de 2017, o processo foi aprovado e eles se mudaram para a Flórida, em janeiro deste ano. Nos Estados Unidos, Paola trabalha como coach (consultora) para empreendedores e atende via internet clientes no Brasil e nos Estados Unidos. O filho mais velho já está na faculdade e a caçula vai começar o ensino médio   em agosto.

Ela diz que já na época em que se aplicou havia rumores de que o visto dobraria de valor. “Já naquele tempo diziam isso, e na verdade ainda não aconteceu. E na minha opinião, não sei se de fato o Congresso aprovaria uma mudança que dificultasse a entrada de investimentos no país”, finaliza.

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Fonte: ComexdoBrasil

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