Em 10 anos, superávit comercial do Brasil com o Mercosul chega a US$ 87,6 bilhões
25/12/2018

Saldo comercial positivo com os parceiros da América do Sul supera os resultados com China e União Europeia.

Consolidado como um dos grandes blocos econômicos do mundo, o Mercosul representa 82% do PIB da América do Sul. Para o Brasil, o grupo é um importante parceiro comercial: nos últimos 10 anos, o País acumula um superávit comercial de US$ 87,6 bilhões – o que significa que exportamos mais do que importamos dos nossos vizinhos.

De janeiro a novembro de 2018, o País exportou US$ 19,7 bilhões para os parceiros do bloco. No mesmo período, o valor de importações chegou a US$ 12,2 bilhões. Como resultado, um saldo positivo de US$ 7,5 bilhões.

Tipo

Produtos manufaturados, que passam por algum processo industrial e têm maior valor agregado, formam a maior parte das exportações brasileiras. Até novembro, o Brasil vendeu US$ 16,6 bilhões desses itens para o Mercosul.

Em segundo lugar estão os básicos, a exemplo de grãos e outros alimentos, com US$ 2,6 bilhões. Já as exportações de semimanufaturados ficaram em US$ 451 milhões.

O quê

Representando 20% de tudo que foi vendido, o principal item da pauta de exportação brasileira para os vizinhos são os automóveis de passageiros. A movimentação equivale a US$ 3,96 bilhões.

A lista segue com veículos de cargas (6,1% do total), peças de automóveis (5,2%), demais produtos manufaturados (5,2%), tratores (2,6%). Entre os produtos básicos, óleos brutos de petróleo lideram, com 6,1% da pauta.

Importância do Mercosul

O comércio com os países do Mercosul supera inclusive os resultados obtidos com grandes parceiros na última década. Com a China, o Brasil tem resultado positivo de US$ 74,1 bilhões; com a União Europeia, de US$ 22,4 bilhões. 

Com 27 anos de existência, o bloco mantém uma corrente de comércio de US$ 400 bilhões com o restante do mundo e um saldo comercial positivo de US$ 55,9 bilhões. Atualmente, está em negociações comerciais com União Européia, Canadá, Singapura e EFTA, integrado pela Suíça, Noruega, Islândia e Listenstaine.

Qualidade

“Não há incompatibilidade entre Mercosul e abertura comercial e abertura econômica com o mundo e nós estamos demonstrando isso”, afirmou o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, que participou da cúpula de chanceleres em Montevidéu, no Uruguai. O presidente da República, Michel Temer, participou da reunião de líderes na semana passada.

Nunes afirmou que o Brasil tem muito a ganhar no Mercosul. “Tivemos superávit comercial nos últimos 10 anos maior do que tivemos com a China. Um comércio de grande qualidade, uma vez que a maior parte das nossas exportações é do setor manufatureiro”, avaliou o ministro.

Sobre o Mercosul

O Mercado Comum do Sul (Mercosul) é o bloco comercial que integra os países da América Latina desde a década de 1980, quando surgiu. A iniciativa define uma política comercial alinhada entre todas as nações constituintes e que se baseia na livre circulação de bens, serviços e fatores produtivos.

Com o passar do tempo, o Mercosul se consolidou e a aproximação entre os membros passou a abranger também temas políticos, democráticos, de direitos humanos, sociais e de cidadania. Assim, as decisões implementadas pelo bloco afeta cada uma das nações participantes, seja Estado Parte (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) ou Estado Associado (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Guiana e Peru).

Cada um desses, de forma individual, se beneficia da existência do bloco. No entanto, de forma coletiva, o Mercosul revela ainda mais seu peso e importância.

FONTE: PLANALTO

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