Exportação de cachaça cresce 19%. Bebida fica até 12 anos ‘amaciando’
19/02/2018

As melhores cachaças do Brasil foram eleitas no final de janeiro

Sete entre as dez melhores cachaças produzidas em 2017 foram envelhecidas em barris de carvalho, a exemplo de destilados cultuados em todo mundo, como uísque, conhaque e rum. E isso se confirma pela alta de 18,7% nas exportações nos últimos dois anos, com R$ 15,8 milhões faturados em 2017, segundo a Secretaria de Comércio Exterior, com Estados Unidos e Alemanha liderando a corrida pelo destilado brasileiro. E o resultado do III Ranking Cúpula da Cachaça reflete a profissionalização do segmento.

As melhores cachaças do Brasil foram eleitas no final de janeiro, após três fases em que quatro mil rótulos foram avaliados por consumidores, trabalhadores do setor, sommerliers, jornalistas e pesquisadores.

E a eleição das melhores, através de degustação às cegas, foi democrática, premiando cachaças de vários estados. Na categoria ouro, entre as cinco primeiras há uma mineira, uma fluminense, uma paranaense, uma paulista e uma gaúcha, todas com nuances diferentes de sabor e delicadeza.

Com isso, a disputa comprovou que a produção de cachaças premium se espalhou pelo País, desde o Rio Grande do Sul, já tradicional nesse segmento, até o Pará, que apresentou a estreante Indiazinha.

Segundo os jurados, a melhor cachaça do Brasil em 2017 foi a Vale Verde, envelhecida durante 12 anos em barris de carvalho. A bebida é produzida em Betim (MG) e recebeu nota 88,4. Em segundo lugar, ficou a Magnífica Reserva Soleira, também envelhecida em toneis de carvalho por até dez anos. Essa cachaça é produzida em Vassouras (RJ) e recebeu nota 87,9.

O terceiro lugar ficou com a Companheira Extra Premium, produzida em Jandaia do Sul (PR) e mantida por oito anos em carvalho. De Américo Brasiliense (SP) vem a quarta colocada no ranking. Batizada de Sebastiana, a bebida é amaciada durante três anos em pipas de carvalho. A gaúcha Weber Haus Extra Premium Lote 48 completou o top 5 de 2017. O produto de Ivoti (RS) fica armazenado durante cinco anos no carvalho.

Na categoria branca, com cachaças que não passam por longos processos de envelhecimento, entre as sete primeiras, há uma capixaba, uma paraibana, uma pernambucana, uma fluminense, uma paulista e duas mineiras.

Neste segmento, a campeã foi a Princesa Isabel Aquarela, ‘amaciada’ durante três anos em barris feitos com a madeira brasileira extraída da árvore jequitibá. Essa cachaça é produzida em Linhares (ES) e obteve nota 82,7. A Sanhaçu, da cidade de Chã Grande (PE), ficou em segundo. Ela é mantida por dois anos em pipas feitas com a madeira brasileira da árvore freijó.

Tanto a terceira colocada como a quarta são mantidas em toneis de inox. Em terceiro, ficou a mineira Tiê Prata, da cidade de Aiuruoca. Em quarto, a também mineira Século XVIII Rótulo Azul, do município de Coronel Xavier Chaves. A paraibana Volúpia, produzida em Alagoa Grande e envelhecida em barris de freijó por um ano, fechou o top 5 com nota 72,2.

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