Fim do IPI de 30% motiva importadores a dobrar vendas em 2018
20/07/2017

Embora o Rota 2030, nova política automotiva brasileira para os próximos 15 anos, ainda não tenha sido anunciado oficialmente, já existe um consenso entre as empresas do setor, o IPI majorado de 30% e as cotas de importação irão acabar.

Esses dois pontos tornaram o Inovar-Auto alvo de críticas e acusações de protecionismo por parte de membros da OMC e colocou o Brasil em situação delicada no mercado internacional. Com o novo programa automotivo, os dois pontos serão extintos e representantes do setor já estão otimistas com relação a 2018.

Entre os importadores, a motivação é poder dobrar as vendas no próximo ano. Alguns já até contam os dias para o fim de 2017, já que o Inovar-Auto tem vigência até 31 de dezembro. Esse é o caso de José Luiz Gandini, que fala em “175 dias” para que seus problemas acabem. De fato, a imposição de cotas de 4.800 carros por ano e o IPI adicional de 30% para importados além desse volume, reduziu enormemente as vendas da marca sul-coreana, assim como de outras do mercado.

Em 2011, as marcas importadas venderam 199 mil carros, mas em 2017, a estimativa aponta para um volume de apenas 27 mil unidades, uma queda de 86% em seis anos. Com o fim do Inovar-Auto, os importadores já projetam vendas de 60 mil veículos em 2018. Além das vendas, as empresas também estão animadas com a retomada do crescimento das redes, que caíram de 750 para 450 no período.

O mesmo em relação a algumas marcas que saíram do país. A Geely, também representada por Gandini, já fala em voltar, por exemplo. A Kia já projeta fazer pedidos em setembro para sua produção ser efetuada em outubro e o transporte a partir de setembro. A marca pretende pular de 8 mil carros em 2017 para 20 mil no ano seguinte.

No caso da JAC Motors, que teve 450 por mês em 2011, prepara o terreno para 2018 com o crossover T40 e o caminhão leve (VUC) V260, estimando vender entre 800 e 1.000 unidades mensais no próximo ano. Apesar do otimismo dos importadores, o processo de criação do Rota 2030 ainda tem pontos que precisam ser resolvidos, de acordo com a Anfavea. A expectativa é que os trabalhos sejam encerrados em agosto, quando então o projeto será analisado pelo governo para que entre em vigor no mês de janeiro.

Fonte: G1

 

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