Para autoridades governamentais e de comércio exterior, uma abertura comercial maior do Brasil vai permitir mais competitividade e produtividade das empresas brasileiras.
Promover a abertura de acordos comerciais e fortalecer a corrente de comércio entre o Brasil e outras nações é necessário para elevar a capacidade de produção da indústria brasileira e elevar o crescimento da economia brasileira. Em entrevista ao Planalto, autoridades no assunto reforçaram a importância em abrir o fluxo comercial do País.
Com o estímulo às exportações, há mais competição, acesso pelas empresas a novas tecnologias e mais mercados podem ser abertos. Assim, o comércio é fortalecido, e a produtividade fica maior.
“Você estimula a cadeia como um todo por meio dessa ascendente das exportações, por exemplo, a manutenção e a geração de empregos por meio do aquecimento dos setores [econômicos]”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, que participou do seminário Diálogos Estratégicos: Abertura Econômica Para o Desenvolvimento e o Bem-Estar, no Palácio do Planalto.
Atualmente, segundo o secretário, o Brasil trabalha para acessar novos mercados internacionais e fechar mais negócios, a exemplo do próprio acordo comercial com a União Europeia – há anos um objetivo comercial para o País.
Para o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, políticas que insiram o Brasil em um contexto global são importantes para abrir mais mercados e elevar a produtividade de nossa indústria.
“Significa mais facilidade para importar, significa também que você terá produtos que são produzidos no Brasil mais competitivos, e que vão ajudar na exportação”, disse ele. Em sua avaliação, medidas do Governo do Brasil, como o pedido de adesão à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), sinalizam que o Brasil está mais aberto a fazer parte da economia global.
Estímulo industrial
Importante consequência dessa abertura de novos mercados é o incentivo aos produtos brasileiros e a competição entre as empresas. De acordo com o economista-chefe do Setor de Integração e Comércio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Maurício Moreira, o setor produtivo é beneficiado quando o País está disposto a fazer negócios com outros países. “Você injeta mais concorrência, você evita que as empresas se acomodem”, disse ele.
Além disso, as empresas passam a ter mais acesso a tecnologias a preços internacionais e a retomada de espaço das empresas brasileiras entre seus concorrentes da América Latina. “Ficamos muito tempo fechados […] A indústria perdeu muito espaço para concorrentes na América Latina”, disse ele.
