Indústria calçadista de Franca estima alta em vendas e recuperação das exportações na 50ª Francal
20/07/2018

Ao todo, 40 empresas da indústria calçadista de franca estão entre os 450 expositores da maior feira do setor em São Paulo. Apesar do otimismo, Sindifranca e economista citam falta de estabilidade econômica para vendas.

Empresas calçadistas de Franca (SP) relatam otimismo em relação à 50ª Feira Internacional de Moda em Calçados e Acessórios (Francal), que teve início nesta segunda-feira (16) em São Paulo. Dos 450 expositores do evento, 40 são francanos.

“Pelo movimento que a gente está tendo no primeiro dia de feira, é praticamente o movimento que tivemos em dois dias na edição passada. Dobramos o tamanho do estande, fizemos um investimento maior e tudo indica que vamos superar a expectativa”, diz Victor Barbieratto, diretor de design da Perlatto.

Principal “vitrine” do setor, a Francal apresenta as coleções que estarão nas lojas na primavera e no verão. Para os empresários, a feira é um “termômetro” para o próximo semestre em relação a vendas para os mercados interno e externo.

Barbieratto explica que, após um reposicionamento da marca há dois anos, com o lançamento de produtos para o verão, a Perlatto tem obtido resultados na contramão da crise econômica. A estratégia deve se refletir na Francal, onde a empresa expõe cerca de 200 produtos.

“Em novembro de 2017 tivemos o melhor mês de vendas nos 29 anos da empresa. Em todos os meses de 2018 estamos dobrando as vendas em relação ao ano passado. A empresa vem melhorando muito. É uma questão de preparo”, afirma.

Presidente do Sindicato da Indústria Calçadista de Franca, José Carlos Brigagão do Couto diz esperar também recuperação em relação às exportações, uma vez que a feira deve receber cerca de 1 mil compradores de 50 países.

Dados da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) apontam queda de 6,7% no volume exportado no primeiro semestre, em relação ao mesmo período de 2017. Os US$ 486,9 milhões vendidos também representam redução de 7,9% na receita.

“A oscilação do dólar não garante segurança para a indústria. A gente não sabe com que base fecha um pedido. Só no primeiro trimestre perdemos 32% em exportação. Nossa expectativa é que a feira possa garantir as exportações para o próximo trimestre”, diz.

Principais compradores dos calçados brasileiros, Estados Unidos e Argentina devem enviar representantes para a feira. Em 2017, as empresas de Franca também exportaram para Bolívia, Colômbia, Chile, Paraguai, República Dominicana, Índia e Líbano.

O faturamento da indústria francana na edição passada chegou a R$ 3,9 milhões, alta de 60% em relação a 2016, quando as negociações somaram R$ 2,4 milhões. Apesar do otimismo, Brigagão não quis apontar estimativa para esse ano, citando instabilidade econômica e política.

“É uma incógnita o que vai acontecer no país. Não há definição de um candidato claro para a indústria calçadista. Não vimos nenhum candidato apresentar um programa de governo que possa reindustrilizar o país. O país foi desindustrializado, nós voltamos a 1947”, diz.

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Fonte: G1 – EPTV

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