Indústria do PR abre mercados internacionais em rodadas de negócios
29/11/2017

Em reuniões rápidas e sequenciais, você tem a oportunidade de apresentar seu produto ou serviço para vários deles. Todos estão ali com o mesmo objetivo que você: fazer bons contatos.

Imagine um lugar repleto de pessoas estratégicas para os seus negócios. Compradores, vendedores, gestores e decisores de empresas de todos os segmentos. Em reuniões rápidas e sequenciais, você tem a oportunidade de apresentar seu produto ou serviço para vários deles. Todos estão ali com o mesmo objetivo que você: fazer bons contatos. É assim que funciona uma rodada de negócios, evento com duração de um dia que reúne pessoas de vários países em busca de soluções, novos mercados e parcerias.

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Este tipo de evento não é uma novidade, mas tem ganhado cada vez mais força por aqui. Afinal, a rodada de negócios facilita a aproximação entre empresas de diferentes portes do Brasil e do mundo. Para os empresários, uma das maiores vantagens é a otimização do tempo que seria necessário para pesquisar e fazer contato com possíveis parceiros de negócios.

Mais do que otimizar tempo, as rodadas de negócios têm contribuído para alavancar indústrias que trabalham com importação e exportação. É o caso da Granomax. Localizada em Campo Largo, a fabricante de farinha de arroz está há 12 anos no mercado e encontrou em outros países a oportunidade de se diferenciar no setor.

“Existe um grande mercado para a farinha de arroz fora do Brasil. Por aqui, a competitividade é muito grande e o consumo ainda é pequeno diante da nossa capacidade produtiva. Por isso começamos a focar em outros países e percebemos uma excelente aceitação do produto paranaense”, conta Diego Manfrim, Gerente de Comércio Exterior da Granomax.

A indústria paranaense enfrenta alguns desafios quando o assunto é escoar a produção. Taxas altas, impostos e excesso de burocracia exigem do empresariado jogo de cintura na hora de negociar seus produtos. Nilson Fontoura, sócio da Provina Indústria de Alimentos, destaca que as indústrias brasileiras ainda têm pouco amparo do governo para colocar seus produtos no mercado. “Em especial há dificuldades para as indústrias de pequeno ou médio porte. Ações como as rodadas de negócios são muito importantes, ajudam a qualificar o setor para todas as oportunidades que o mercado internacional apresenta”, explica Fontoura.

O acesso às informações e políticas de outros países é facilitado, conta Diego Manfrim: “nós descobrimos que no Equador, por exemplo, há políticas de protecionismo que impedem a entrada da farinha de arroz. Esta foi uma informação que chegou até nós por meio de um contato feito durante uma rodada de negócios da Fiep”. Com isso, a Granomax pôde manter o foco de networking em países que possuem o mercado aberto para o produto vindo do Brasil.

Por falar em foco…

O tempo é relativamente curto: cada reunião dura cerca de 15 minutos. É o período que o representante tem para falar sobre sua empresa, seus diferenciais e seus produtos. Por isso a palavra de ordem na rodada de negócios é assertividade. Manfrim dá a dica: “quando estive na rodada de negócios da Fiep, já levei amostras dos produtos e até tabela de preços para deixar com representantes de outras empresas. Isso agiliza bastante o processo que vem depois, na hora da negociação”, detalha.

Para Nilson Fontoura, da Provina, as rodadas têm outra característica fundamental: a troca de experiências. “São oportunidades de aprendizagem. Recebemos feedbacks de compradores de vários países. Com base nisso, estamos sempre aprimorando nossos procedimentos e processos produtivos. Já obtivemos melhorias significativas por meio deste tipo de informação”, destaca Fontoura.

Este tipo de aproximação só é possível graças a um minucioso trabalho que acontece antes das rodadas organizadas pela Fiep. Todos os participantes preenchem fichas com informações relevantes para as reuniões. O material passa por uma análise da organização do evento e as conversas são marcadas de acordo com as expectativas de cada representante. “Na última rodada de negócios fizemos contato com nove empresários de outros países. E sabíamos que eram clientes em potencial. Destes, dois já estão interessados nos nossos produtos”, aponta o gerente de comércio exterior da Granomax.

A força da indústria paranaense nas rodadas de negócios

Mais do que promover o encontro entre quem quer comprar e quem quer vender, as rodadas de negócios realizadas pela Fiep têm contribuído para destacar a indústria paranaense no cenário internacional. O cuidado com o produto está em todos os detalhes e conquista mercados bastante exigentes. Diego Manfrim explica que a qualidade dos produtos chama a atenção dos compradores internacionais: “nós nos preocupamos com tudo: com a embalagem, o armazenamento e até com a disposição do nosso produto na hora da logística”. Com isso, o preço deixa de ser um fator essencial para fechar negócio: os clientes internacionais querem qualidade.

O cenário de exportação é positivo. Por aqui, a indústria ainda esbarra na falta de incentivos para a comercialização interna. Fica a cargo da iniciativa privada pensar, desenvolver e viabilizar oportunidades para o setor. “É exatamente isso que a Fiep faz com as rodadas de negócios. Permite o contato da indústria paranaense com mercados distantes que são essenciais para o nosso crescimento”, finaliza Diego Manfrim.


Fonte: G1 – Sistema FIEP

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